IPSC Modalidades do tiro Prático

clubedefenderbrasil
26 de fevereiro de 2021
12:32
Geral

Esse post será exclusivo para a modalidade de handgun e suas especificidades, e o próximo explanará shotgun e rifles.

O esporte do tiro prático surgiu no sul da Califórnia por volta dos anos 1950, porém, somente em 1976 foi fundada a IPSC (International Practical Shooting Confederation/ Confederação Internacional de Tiro Prático), que é a instituição que organiza e regulamenta as provas com utilização de armas curtas (handgun), longas (shotgun) e rifles promovidas em mais de 90 países. E essa modalidade esportiva vem ganhando cada vez mais espaço e adeptos, por ter inúmeros benefícios por ser dinâmica e desafiadora, exigindo habilidades como velocidade, precisão e raciocínio lógico, fazendo jus ao lema do IPSC: “Diligentia, Vis, Celeritas” (DVC), que significa “Precisão, Potência e Velocidade”.

Atualmente, segundo o Ranking oficial da IPSC, o Brasil ocupa o 4º lugar dentre vários países, levando em consideração o número de membros praticantes, as medalhas de ouro obtidas em competições de nível III ou acima e competições de nível III ou acima realizadas nacionalmente, ficando atrás somente das Phillipinas (1º), Russia (2º) e Alemanha (3º).

É importante frisar que existe no Brasil uma confederação, Confederação Brasileira de Tiro Prático (CBTP), que representa a Confederação Internacional de Tiro Prático, regulamentando e organizando as competições a nível nacional, e esta subdivide-se em federações estaduais, que promovem provas de níveis locais, estaduais e regionais.

As competições são dividas em pistas, que podem ser curtas, médias e longas, a depender do número mínimo de disparos, e são supervisionadas pelo Ranger Office (RO), que é o árbitro responsável por sinalizar o início e o fim da pista, e por registrar a pontuação e o tempo de resolução de cada pista. Ao sinal de início, o competidor percorre a pista e engaja os diversos alvos à medida em que consegue visualizá-los, sempre acompanhado de perto pelo RO, que zela pela segurança e cumprimento das regras. Vale ressaltar que a contagem é feita dividindo os pontos obtidos pelo tempo gasto, e ganha a prova aquele que obtiver o maior placar.

Em relação às classificações, os atletas são divididos de acordo com a categoria, que é baseada na idade (overall: categoria geral, junior: até 21 anos, sênior: de 50 a 60 anos. Super sênior: mais de 60 anos e damas: mulheres com mais de 21 anos), e de acordo com a modalidade, que é subdividida de acordo com as armas e seus calibres. São elas:

OPEN:

É a modalidade na qual a arma não tem limite de modificações e pode ser usado a mira óptica. Os calibre mais usados são o 9×23 e o 38 super.

STANDARD:

Nessa divisão, a arma pode ter customizações, porém só podem ser usadas miras abertas. Além disso, o seu tamanho é limitado a caber dentro de uma caixa com qualquer carregador inserido que venha a ser usado na prova. Os calibres mais comuns são o .40 S&W e o .45 ACP.

PRODUCTION

Na modalide production a arma deve ser original de fábrica, praticamente sem customizações e deve ter ação dupla (quando pressionado o gatilho, o cão é acionado para efetuar o disparo ) para o primeiro disparo. O tamanho do cano é limitado a 127 mm e a arma deve constar na lista aprovada e pela IPSC. Os calibres mais usados são .40 S&W, 38 Super e 9×19 (usado por milateres e policiais federais no Brasil).

REVOLVER STANDARD:

A arma é um revolver e são permitidas modificações, onde os cilindros são de até 6 tiros e o cano tem até 150 mm. Os calibres mais comuns são .38 SPL, .40 S&W e .45 ACP.

CLASSIC:

É uma modalidade recém criada, e é disputada com uma pistola monofilar 1911, com poucas modificações aceitas, modelo esse que foi muito usado no início do IPSC. Os calibres normalmente usados são .40 S&W e .45 ACP

PISTOLA LIGHT:

Essa é uma modalidade que só existe no Brasil e o fator deve ser no mínimo 85. As armas usadas só podem ser de calibre 380 ACP e seguem as mesmas regras da Standard.

Além das modalidades citadas, existem também as classes, que são definidas de acordo com a média dos resultados das 3 (três) melhores participações em provas da CBTP, e ao final de cada ano calendário as classes são atualizadas, e as novas classificações serão utilizadas no ano seguinte para premiação de classes das divisões. E as classes são:

Grand Master: 95% até 100%;
Master: 85% até 94,99%;
A: 75% a 84,99%;
B: 60% até 74,99%;
C: até 59,99%.